segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Budapeste... Sempre a Rock n' Rollar

Não podia de deixar de oferecer a esta entrada do blogue o título da inolvidável música dos "Mão Morta" E aqui fica a letra:

BUDAPESTE
sempre a rock & rollar
[Adolfo Luxúria Canibal / Carlos Fortes]


Prólogo: Fecha os olhos e deixa-te conduzir.
Estás em Budapeste. Inverno de 91. Ano 1 da queda do comunismo. É noite desde as 3 da tarde. O tempo está frio, gelado. Olhas à tua volta e vês uma cidade escura, de belos edifícios decrépitos, ruínas, fachadas enegrecidas pela poluição. Por todo o lado, filas de vendedores do mercado negro. As paredes estão repletas de cartazes, numa língua impossível, indecifrável. Tu sentes-te perdido. Mas eu conduzo-te. Segue-me.

Cá vou eu no meu Traby
De bar em bar a aviar
Sempre a abrir a noite toda
Sempre a rock & rollar

Charro aqui charro ali
Mais um vodka p'ra atestar
Corro Peste corro Buda
Sempre a rock & rollar

As noites de Budapeste
São noites de rock & roll

P'las caves da cidade
São só bandas a tocar
Pondo tudo em alvoroço
Tudo a rock & rollar

Mulheres lindas de morrer
Mini-saias a matar
Não tem fim o reboliço
Tudo a rock & rollar

As caves de Budapeste
São caves de rock & roll

Cá vou eu no meu Traby
De bar em bar a aviar
Sempre a abrir a noite toda
Sempre a rock & rollar

Charro aqui charro ali
Mais um vodka p'ra atestar
Sempre a abrir a noite toda
Sempre a rock & rollar'

As noites de Budapeste
São noites de rock & roll"


Não fui lá no ano 1 pós-comunista, mas sim no ano 18. Muita coisa mudou.

Ainda se vêem Trabys, ainda se lêem os cartazes em língua indecifrável, impossível. Mas as caves de Budapeste ainda são de Rock 'n Roll, música de dança, Jazz, Blues, Gótico. O que quer que se procure está lá, numa qualquer porta para uma cave, recuperada e transformada em bar.

As Mini-saias ainda são a matar. É incrível a forma como as mulheres húngaras (na sua grande maioria) se vestem à noite. De facto, produzem-se para sair. E como em tempos idos em Portugal, a noite começa às 19.00 horas. As lojas estão abertas entre as 8.00 e as 17.00. Algumas fecham mais cedo, até. A malta janta, sai de casa, pára numa das muitas lojas de conveniência abertas 24 horas por dia, compra umas garrafas, começa a andar e a beber. Por volta das 21.00 saem do café para o bar. As 00.00 estão a caminho dos muitos clubes da cidade.

São mesmo muitos, para todos os gostos. Pistas de techno, house, trance, rock, pop; bares de strip-tease, gay, com ou sem show de travestis, karaoke... ou apenas uma boa esplanada aquecida...

São muitas as escolhas. São também muitos os enganos.

Tenho que destacar 2 estabelecimentos. O primeiro, fomos ao engano, mas revelou-se uma divertida surpresa. O Capella Cafe tem um dos melhores shows de travestis da Europa. Devo dizer que a performance de "Madonna" ao vivo foi impressionante. O ambiente é um pouco estranho, mas agradável da parte do staff.

Em segundo lugar, o Café Mediterrán e o seu 90.9Jazzy, na cave. Aqui sabiamos o que procurávamos. Ceveja barata, boa música e um lugar agradável não muito cheio de gente.

Vale a pena andar pelas ruas de Budapeste. Não conduzi um Traby, mas andei de bar em bar a aviar.

1 comentário:

Anónimo disse...

tu em budapeste eu em bucareste eheh!

vai

(samuel)