terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Freeport, ou, que bela embrulhada ó Socas!

Peço desculpa pelo título, e por escrever um texto com este tema, mas não resisti.

Provavelmente não adiciono nada à miríade de opiniões (mais ou menos válidas) que pululam pela internet sobre o (cof, cof) Caso Freeport.

O facto é que não aguentava mais.

Ora, o Sr. Engenheiro parece que esteve envolvido num caso de favorecimento à troca de guito. Vulgo, currupção.

Ah pois, achavam que era só no futebol que os mânfios eram apanhados, não? Ou nos registos prediais para acelerarem as coisas?

A política Portuguesa, infelizmente, tem alguns casos. Infelizmente também, nenhum deles teve o interesse mediático que este está a ter. Eu cheira-me que é por causa do suposto currupto ser agora o Sr. Engenheiro Socas, primeiro-ministro de Portugal.

Esse Sr. a quem já tive a oportunidade de chamar atrasado mental através da antena da rádio pública, é de facto um imbecil. E muito possivelmente, se toda a bosta do Freeport vier à tona, um favorecedor à troca de guito.

Espero, muito sinceramente, que os desejos do Sr. Engenheiro sejam respeitados, e que este caso seja resolvido depressa, e bem!

É insustentável para a moral de um povo, em ano de eleições, ter este tipo de suspeitas em relação ao actual PM e candidato a PM nas próximas legislativas. É insustentável também para as instituições governamentais ter um PM que é alvo de suspeitas. E é muito negativo junto dos nossos parceiros da União Europeia. Mas ue raio de país somos nós? Itália?

Não, somos Portugal. E embora neste canto da Europa estejamos habituados a dizer mal das instituições e de quem as representa, também é verdade que nunca antes tinha havido tantos acasos em relação a uma suspeição deste tipo.

Se Socas que ver o seu nome limpo, melhor que tem a fazer é mostrar que é inocente. Não apenas demonstrar na TV, mas mostrar realmente. Abrir o acesso às suas contas bancárias, partilhar tudo o que ajudar a torná-lo limpo aos olhos do país.

Não quero que Socas ganhe as próximas legislativas com maioria absoluta, mas também não quero um PSD no Governo com Manuela Ferreira Leite. Isso seria a desgraça final. Como disse há uns dias, o único garante de verdadeira democracia com Socas à frente de um governo é conseguir mantê-lo com rédea curta. Ele até tem ideias, mas as formas de as concretizar não têm sido as melhores. Nem são os melhores os seus ministros. Penso que nem sequer seriam a sua própria segunda escolha. Por isso deve ser o Parlamento, sem maioria absoluta, a fiscalizar REALMENTE o que o governo faz. Uma maioria relativa obriga a que um governo tenha de negociar acordos com a oposição, beneficiando de opiniões válidas que podem fazer toda a diferença em assuntos mais delicados como Educação, Saúde, Política Fiscal, Segurança, Defesa Nacional, Função Pública e Segurança Social. Outros haverá, decerto.

O que interessa é que o povo português tem uma tarefa difícil à sua frente. Escolher entre o menor dos males com uma réstia de esperança que as coisas vão melhorar em breve.

Socas ou Ferreira Leite? Escolha difícil? Nem por isso. Mas tudo depende do desfecho do caso Freeport ou dos seus desenvolvimentos... O que mais interessa é que os culpados sejam conhecidos e trazidos perante um tribunal...